Neste artigo argumenta-se que o programa biolinguístico de Noam Chomsky contém uma ontologia subjacente cuja implicação diz respeito a uma transformação radical da noção de sujeito e da categoria de identidade que lhe sustenta, assim como da noção kuhniana de ciência normal. De fato, um dos desafios de uma ontologia estruturalista da qual Chomsky é pessoalmente distante, mas formalmente próximo, é de transpor as teses sobre o real da questão do ser e do acontecimento para um realismo, campo que proporciona as condições de criação de um sujeito diferencial e genérico pela geração de estruturas sintáticas elementares projetadas em séries de palavras. Desta forma, a capacidade linguística auxilia na produção e na criação da identidade. Argumen...